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Comemoração da revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891
Ao cair da noite, o Porto rumou à Praça da Liberdade para a evocação da revolta de 1891. Mais tarde, o Coliseu do Porto enchia-se para ver e ouvir quatro vozes inconfundíveis da música portuguesa.
Nem mesmo a chuva que ameaçava cair dissuadiu as largas centenas de pessoas que se dirigiram ontem, sábado, à Praça da Liberdade, para ver a reconstituição da revolta republicana que, da varanda da antiga Câmara Municipal do Porto, proclamou, pela primeira vez em Portugal, a implantação da República.
Depois das diversas actividades promovidas durante o dia na cidade do Porto, foi pela mão do Ateneu Comercial do Porto e sob a direcção do encenador Norberto Barroca, que dezenas de actores, incluindo membros da GNR a cavalo e um canhão cedido pelo Museu Militar, ocuparam parte da Praça da Liberdade, junto ao edifício do Banco do Portugal. Daí, na varanda principal, foi proclamada de novo a República, à semelhança do que acontecera em 1891. Entre gritos efusivos de “vivas” à República, o fogo de artifício colocou actores e espectadores a olhar para o céu antes da batalha final, onde se representou o assassínio e prisão dos revoltosos e da população que se lhes juntara.